Audição comentada dia 8 de dezembro | “West Side Story” | 50.º Aniversário
por Museu de Lamego a Terça-feira, 6 de Dezembro de 2011 às 14:54
Por vezes acontece que se reúnem um conjunto formidável de talentos, num determinado local e momento histórico, apoiados por meios humanos e materiais existentes, para produzir uma criação excecional. Foi o que surgiu em 1957, num espetáculo da Broadway.
Sob a direção de Jerome Robbins (que só realizou 2 filmes), com a poderosa música de Leonard Bernstein e as inspiradas letras de Stephen Sondheim, apoiados na excelência de talentosos atores e bailarinos, deram nova expressão ao tema eterno e universal de Romeu e Julieta, sob a forma de um teatro musicado característico das tradições da Broadway.
A Broadway, cujas tradições destes grandes espetáculos remontam ao ano de 1867, é um centro de produção teatral e uma escola de talentos única no mundo. Com cerca de 40 teatros ativos (curiosamente, ou não, uma parte destas salas não têm fins lucrativos) numa área muito pequena, emprega atualmente mais de 5000 criadores e técnicos, emitindo mais de um bilião de entradas por ano. A força de uma gigantesca metrópole como New York, a riqueza humana caracterizada pelo seu cosmopolitismo, produziu uma cultura própria e uma privilegiada escola de atores, músicos, escritores, cineastas e tantos outros meios artísticos. A “New York state of mind”, a cabeça intelectual dos Estados Unidos da América.
Brancos, negros, porto-riquenhos, italianos, irlandeses, polacos, holandeses, chineses e todos os outros, acotovelam-se, interagem, e criam. Com que dificuldades, com uma feroz competitividade quase canibal, com tantos falhanços e frustrações, tanta violência e sofrimento. Mas criam.
Toda esta realidade, feita de grandezas e misérias, de amores e ódios, de vidas e mortes inúteis, se reflete e identifica numa obra prima chamada “West Side Story”. E ao mesmo tempo esta é um apelo ao amor, aos jovens, ao perdão, à compreensão, ao uso da arte como meio educativo e de remédio para as tensões sociais.
Não odeiem, amem! Não matem, dancem! Não fujam, cantem! Tudo isto está no filme resultante, estreado em 1961 e que agora, mundialmente se comemora.
No Museu de Lamego vamos falar e ouvir a música e fotografias deste trabalho histórico, cuja atualidade não deixa de nos surpreender.
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